BIOGRAFIA

Bárbara Silva (Coimbra, 1977), é arquitecta pela da Universidade de Coimbra (2003). Doutora em Teoria e Prática do Projecto pela Universidade Politécnica de Madrid (2016) com a tese “Brasil, la Reinvención de la Modernidad; Le Corbusier, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer”.

A tese analisa como os princípios modernistas, semeadas por Le Corbusier no Brasil, foram interpretados pelos arquitectos brasileiros, e deram origem à definição de uma arquitectura moderna de “expressão-própria”, capaz de superar as limitações das formas racionais da arquitectura moderna, sem colocar a sua essência em crise. 

Além da pesquisa sobre uma arquitectura de “expressão-própria”, concentra o seu trabalho na experimentação e exploração de novas formas de curadoria em arquitectura e na persistente questão de "como expor arquitectura".

Actualmente, e depois de uma temporada a viver em Madrid, São Paulo, e no Rio de Janeiro, vive em Lisboa, onde desenvolve um trabalho que concilia o ensino, a curadoria e a edição, com ênfase na produção moderna e contemporânea.

É professora no Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa (DA/UAL) e professora convidada no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra. Foi professora no Departamento de Arquitectura e Urbanismo da PUC - Rio de Janeiro (2017 - 2019); professora convidada Escola da Cidade - Arquitectura e Urbanismo, de São Paulo (2010-2011); professora assistente na Universidade Politécnica de Madrid - ETSAM (2009-2010, 2011-2012); e na Facoltá di Architettura di Alghero(2008).

Em 2010, fundou o NOTE (www.note.org.pt) - uma plataforma cultural independente, dedicada à divulgação e debate sobre arquitetura através de exposições, conferências e publicações. Desde 2018 é a directora da Galeria de Arquitectura - NOTE, em Lisboa. Entre 2013 e 2016 foi a curadora da “Temporada de Arquitectura” na Galeria da Boavista em Lisboa: um evento anual, com a duração de 6 meses, composto por exposições, conferências e debates, sobre arquitectura. 

Em 2013 foi a curadora da exposição “Local x Global: A arquitectura como lugar”, no Museu da Casa Brasileira em São Paulo (no âmbito do Ano de Portugal no Brasil), que reuniu o trabalho de 10 arquitectos portugueses + 10 arquitectos brasileiros. Em 2009 foi a curadora da exposição sobre o trabalho dos arquitectos espanhóis Mansilla + Tuñón na Igreja de San Silvestro, em Vicenza, Itália.

Editou os livros: “Arquitectanic, os dias da Troika” de Jorge Figueira (2016); “Modern Masterpieces Revisited” de Luís Santiago Baptista (2016); “Homeland, News from Portugal - Arquivo 2014” (sobre a representação portuguesa na Biennale di Venezia de 2014) e “PROAP: Arquitectura Paisagista” (2010), além de catálogos de exposições, tais como: “Cadernos Azuis”, de Eduardo Souto de Moura (2019); “Estudo para algum projecto” de Carla Juaçaba (2018); “Desenhos de trabalho” de Ricardo Bak Gordon (2014); “Playgrounds” de Mansilla e Tuñón (2013); “A obra do arquitecto João Luís Carrilho da Graça vista pelo fotógrafo Hisao Suzuki” (2015). 

Como arquitecta trabalhou com MXT Arquitectos e Falcão de Campos em Lisboa, e com Mansilla+Tuñón e Ábalos & Herreros em Madrid.